Joziane Pontes, estagiária sob supervisão da jornalista Hannah Freitas* – Texto e fotos
Na tarde da última terça-feira (23/4), o Centro de Memória da Fazenda (CM) promoveu uma mesa intitulada “Acervo: Diversidade e Desafios”, com o propósito de discutir questões relacionadas aos acervos arquivísticos e museológicos, visando ampliar as reflexões sobre gestão, proteção e desafios, por meio de palestras e debates. O encontro ocorreu na Sede III da Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE).
O momento começou com uma visita ao CM, mediada pela equipe educativa, na qual conheceram os detalhes sobre o processo de tombamento da fachada do Palácio da Fazenda, as etapas de estudos de prospecção e restauração, além do decreto de tombamento. Os participantes também tiveram acesso aos documentos históricos disponíveis nas instalações da exposição “Notas de Memórias” e ao processo realizado para a seleção, restauro e disposição desses materiais.
“É importante ter acesso ao material utilizado pelos servidores ao longo dos anos de funcionamento da Secretaria. Mesmo que hoje não tenham a mesma utilidade, eles são fundamentais para entendermos a evolução do modo de trabalho da Sefaz nos diferentes períodos históricos”, explicou o historiador e educador do CM, Daniel Magalhães.
Após a visita, os participantes acompanharam uma palestra com o museólogo Saulo Moreno. O representante do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc) abordou os aspectos fundamentais para a classificação de acervos, as atuais dinâmicas de preservação de arquivos históricos e como elas são essenciais para os equipamentos que possuem esse recurso. “É importante ter uma política ampla e eficaz de preservação desses elementos, a fim de que eles continuem sendo fontes acessíveis de conhecimento da identidade histórica da sociedade”, declarou Saulo.
O CM abriga um acervo que remonta à década de 90, contendo diversos documentos, fotos, objetos e móveis históricos que narram não apenas a história da Sefaz, mas também a história do Ceará. Tratar sobre a preservação desse patrimônio é resguardar a identidade cultural dos cearenses. “É importante considerar que o acervo público pode ser utilizado para diversas pesquisas. Torná-lo mais acessível nos aproxima da manutenção da história local”, destaca a coordenadora do Núcleo Educativo, Ana Paula Bezerra, ao reforçar o compromisso da Sefaz-CE com o patrimônio cultural do estado.
