Sefaz-CE promove palestra sobre Centenário da Confederação do Equador

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22 DE AGOSTO DE 2024 – 16:23 ##Centro De Memória #Centenário Confederação Do Equador #Sefaz Ceará

Carolina Mesquita – Texto
Joziane Pontes – Fotos

A Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz-CE), por meio do Centro de Memória da Fazenda, realizou nesta terça-feira (20) uma palestra em alusão ao bicentenário da Confederação do Equador. Na ocasião, o mestre em História Social pelo Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal do Ceará (UFC), Weber Porfírio, conduziu a palestra “O Ceará na Confederação do Equador: reflexões sobre o ideal separatista”.

O historiador ressaltou que a visão popular a respeito do movimento é que a intenção era separar os estados do Norte e Nordeste brasileiro do restante do País. No entanto, ao se debruçar sobre os discursos e manuscritos da época, Weber concluiu que, na verdade, o objetivo era propor um projeto político alternativo para o Brasil.

“Eu trago isso a partir dos próprios discursos dos confederados na época, que é algo que pouco se discute, a partir do Diário do Governo do Ceará, o que os pernambucanos também pensavam através do Frei Caneca, dos manifestos do Manoel de Carvalho Paes de Andrade, entre outros”, pontuou.

O pesquisador ainda esclareceu que a visão separatista do movimento é a que foi perpetuada tendo em vista que foi a forma de rebate de D. Pedro I. Weber recordou que o então imperador queria instituir a constituição que ele próprio escreveu, o que deu origem à Confederação do Equador. Para repelir o movimento, a estratégia utilizada foi que o mesmo pretendia a independência da região.

A coordenadora do Centro de Memória da Fazenda, Ana Paula Bezerra, destacou que a adesão do Ceará à Confederação do Equador foi assinada em 26 de agosto e que, por isso, o assunto foi escolhido para ser abordado no equipamento este mês.

“Todos os meses, nós abordamos uma temática diferente que faça referência ao patrimônio, cultura e memória. No caso da Confederação do Equador, apesar de não estar inserido na perspectiva de patrimônio, está na esfera da memória”, afirmou.

Experiência

O estudante João Guilherme Vieira Nunes, de 14 anos, foi um dos participantes da iniciativa. Ele relatou que ainda não tinha ouvido falar a respeito da Confederação do Equador e que achou interessante conhecer o movimento já de forma tão aprofundada.

“Gosto muito de história e estamos na turma preparatória para a Olimpíada de História. Então, foi bem bacana”, pontuou.
O professor Monteiro Neto, da Escola São José, responsável pela turma que visitou o Centro de Memória da Fazenda, ressaltou a oportunidade e a experiência que os alunos puderam ter na ocasião. Para ele, o equipamento proporciona vivências que ampliam a percepção.

“Para eles e para gente que trabalha com a educação pública é fundamental (a iniciativa), porque expandir seus horizontes é o que vai fazer eles crescerem, buscarem aprender, buscarem novas possibilidades. E a educação pública se faz dessa maneira, trazendo para eles uma realidade que muitos veem como distante”, ressaltou.